segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
PADRE JOEL - O MÃO DE DEUS POR KLAUSEMBERG OLIVEIRA
As trevas de Spawn vol telas sob a direção de seu criador, Todd McFarlane
RIO -
Aclamado como um desenhista revolucionário na indústria dos quadrinhos, o
canadense Todd McFarlane, que há 20 anos criou Spawn, resolveu celebrar as duas
décadas de seu best-seller com um projeto fora dos gibis: virar cineasta. Ele
vai dirigir um novo filme de seu anti-herói. Em entrevista ao GLOBO em Los
Angeles, num intervalo da sessão de autógrafos do livro “The art of Todd
McFarlane”, coletânea de desenhos que lança nos EUA, o artista de 51 anos expôs
os planos audiovisuais para o Soldado do Inferno, tendo cults do terror como referência
e a meta de filmar com até US$ 10 milhões. Indo de Batman a Hitchcock,
McFarlane dimensiona o mercado em que virou uma lenda.
Neste
momento em que lança a coletânea “The art of Todd McFarlane”, o senhor finaliza
um roteiro para um novo filme do Spawn com a meta de dirigi-lo. Em que pé está
esse projeto, de que forma ele se aproxima do longa anterior, de 1997?
Spawn só
volta para as telas se eu dirigir a adaptação dos quadrinhos. A condição é essa
porque eu quero fazer uma produção muito pequena, cujo custo não chegue a US$
10 milhões, para poder ter a liberdade de fazer um filme adulto, consistente.
Robert Rodriguez conseguiu fazer “Sin City”, em parceria com Frank Miller, do
jeito que o quadrinho merecia, porque filma barato, do jeito dele, com controle
do corte final. Estou finalizando o roteiro com a certeza de que será algo sem
ligação alguma com o filme de 1997. Nem falas Spawn terá, porque eu quero fazer
com ele não uma aventura de super-herói e sim um filme de horror, sobre um
vigilante que se move nas sombras. Na história que criei, Spawn veio do
inferno. Nada mais adequado.
De que
maneira o senhor, um desenhista de formação, prepara-se para dirigir?
Eu tenho
Hitchcock como padrão estético: ele sugeria em vez de escancarar, fazia o medo
a partir da música, de movimentos sutis de câmera. Quero isso. Cresci vendo
filmes de terror de verve realista, como “A profecia” e “O exorcista” e queria
repetir essa estrutura, abrindo mão de ter um supervilão. O medo viria da
presença do Mal. O engenho cinematográfico viria das formas de apreensão desse
Mal pela câmera. Spielberg matou todo mundo de susto com “Tubarão” sem mostrar
o bicho, usando só os acordes da trilha sonora para indicar que ele se
aproximava. E, até hoje, aquele filme, feito em 1975, assusta.
E o que
falta para filmar?
Falta ter
o sinal verde de um estúdio que banque a minha liberdade, o que não está longe,
pois já estou conversando com alguns atores de peso que se interessam pelo
personagem. Já procurei inclusive um ator ganhador do Oscar (McFarlane mantém o
segredo por conta da negociação, mas os boatos em Los Angeles falam de Forest
Whitaker e Cuba Gooding Jr.) para protagonizar o projeto. O que facilita a
minha negociação é que tenho o projeto de uma nova série de animação para a TV com
o personagem, diferente do que se fez no passado (em 1998, “Spawn” virou série
animada na HBO), o que interessa investidores e produtores.
Logo que
surgiu, há 20 anos, Spawn entrou em enquetes das revistas “Empire” e “Wizard”
para definir os personagens de HQ mais cultuados. A primeira edição vendeu 1,7
milhão de cópias fazendo dele um dos quadrinhos mais rentáveis da indústria.
Como vão as vendas hoje?
Não só
“Spawn” mas todas as outras séries de HQ sofreram uma retração enorme. Sabe
qual foi a maior transformação nos quadrinhos de 1992 para cá? Naquela época,
se um gibi vendesse cem mil exemplares, ele precisaria ser repensado
editorialmente para não ser cancelado. Hoje, o quadrinho que vende cem mil
cópias vira, na hora, um best-seller de se estourar rojão. Outro dia, ouvi que
800 lojas especializadas em HQs fecharam as portas. Se estamos aí, na edição de
número 224, ainda vendendo, vencemos uma batalha (no Brasil, Spawn é publicado
pela HQM editora, que compilou histórias inéditas no recente álbum “Herança
maldita”).
Foi
surpresa ver a adesão do público e da crítica a um personagem tão fora dos
padrões morais quanto Spawn? Na trama, seu alter ego, Al Simmons, é um militar
negro que, morto em combate, vende a alma para poder rever a mulher e acaba
envolvido numa conspiração entre a CIA e o Diabo. Isso chocou?
Existia
uma coisa no Batman, talvez o mais genial dos heróis, que sempre me incomodou:
por que raios o Homem-Morcego não mata logo o Coringa se sabe que seu inimigo
vai continuar fugindo? Spawn surgiu para ser um Batman sem travas morais. Um
Batman que mata. Quando Spawn apareceu, eu era um desenhista da Marvel Comics
que fazia a arte para o gibi “Spider-Man”. Naquele momento, os ilustradores
eram reféns do roteiro. Você era obrigado a resumir um painel que consumiria o
espaço de cinco páginas a apenas duas. Eu cheguei às HQs propondo o contrário:
vamos abrir espaço para o desenho, fazer um produto mais visual. A proposta da
Image Comics, editora que eu e outros colegas de desenho (como Jim Lee, Marc Silvestri,
Erik Larsen) criamos em 1992 para publicar nosso trabalho autoral independente
das grandes corporações, era valorizar o desenho. Spawn nasceu nesse espírito e
agradou não só por desafiar parâmetros de dramaturgia, mas por investir na
forma.
Nesses 20
anos, o senhor resumiu seu trabalho a Spawn. Hoje, nem desenha mais. Só
escreve. Não pensa em voltar à Marvel, onde construiu sua fama desenhando
Homem-Aranha?
Não. Isso
ficou no passado. Tenho muitos amigos na Marvel, recomendo a todo jovem
desenhista que tente trabalhar lá ou na DC Comics, onde eu desenhei o Batman,
mas a minha vida mudou. Dirijo uma empresa de bonecos (McFarlane Toys), criei a
HQ “Haunt”, hoje no número 28, tenho o projeto do filme e prefiro me concentrar
em escrever. Reuni meu trabalho em “The art of Todd McFarlane” (ainda sem data
para ser publicado no Brasil) para mostrar que o passado foi e é importante.
Mas a vida foi além dele.
Como o
senhor definiria seu traço?
Quando
fui desenhar o Homem-Aranha, achava que ele estava mais “homem” que “aranha”,
realista demais. Quis mudar isso, torná-lo mais “aranha”, mais animalesco nos
movimentos. Era um modo de dar imaginação e colorido ao traço. Se eu trouxe uma
contribuição, foi libertar a HQ do realismo.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Caçadora Versus Jade MK Arte De Rafa Schneider
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Punho Noturno 2012 Arte de Rafa Schneider
terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Capa de Edição Zero Arte de Rafa Schneider!
Emily Dark Arte de Mário Henrique
Eva Vamp Personagem de Dhanyel Jordison
Eva Vamp Arte de Rafa Schneider
Kayla Arte de Dhanyel Jordison
terça-feira, 13 de novembro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
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